Julho Amarelo: Saúde intensifica testagem e ações de prevenção contra hepatites virais em Ribeirão Preto

Dados da Vigilância Epidemiológica mostram que o município registrou, em 2024, 422 casos de hepatite B.

Em alusão ao Julho Amarelo, mês dedicado à conscientização e combate às hepatites virais, a Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto irá intensificar as ações de testagem e ampliar o acesso à população. Além dos testes oferecidos nas unidades de saúde, a pasta contará com um CTA (Centro de Testagem e Acolhimento) itinerante na Praça XV de Novembro, no dia 28.

O objetivo da ação é facilitar o diagnóstico precoce, sobretudo porque as hepatites virais costumam ser silenciosas e podem não apresentar sintomas por muitos anos.

“As hepatites virais são doenças graves que podem evoluir de forma assintomática, atingindo o fígado de maneira silenciosa. Por isso, reforçamos a importância do teste, que é rápido, gratuito e pode salvar vidas”, afirma o secretário municipal da saúde, Mauricio Godinho.

Dados da Vigilância Epidemiológica mostram que o município registrou, em 2024, 422 casos de hepatite B e 191 casos de hepatite C. A hepatite B, responsável por quase 40% dos casos diagnosticados no Brasil entre 2000 e 2023, pode ser transmitida da mãe para o bebê durante a gestação ou no parto. Por esse motivo, é fundamental que gestantes façam a testagem durante o pré-natal.

Entre as principais formas de prevenção contra a hepatite B estão evitar o compartilhamento de objetos pessoais, como lâminas de barbear, escovas de dentes, alicates de unha e seringas, além do uso de preservativos em relações sexuais, disponíveis gratuitamente nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde).

A hepatite C, segundo tipo mais comum, costuma ser silenciosa em cerca de 80% dos casos. Quando presentes, os sintomas podem incluir febre, náusea, dor abdominal, diarreia e urina escura, o que pode dificultar o diagnóstico. O tratamento é feito com antivirais de ação direta, disponibilizadas pelo SUS, com taxa de cura superior a 90%.

A hepatite A, mais frequente entre as crianças, é transmitida principalmente por via oral-fecal (como o consumo de água ou alimentos contaminados ou por má higienização das mãos). Ela costuma ser uma infecção autolimitada e não evolui para a forma crônica.